Cabin Fever [III]: Yulan, NY

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via NYT




Fertilidade gratuita

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Lucrando desavergonhadamente com a frustração e insónia da comunidade académica, recolho algumas vezes por semana as borras de café do bar da UM, que anualmente podem poupar-me mais de 1,5 toneladas de adubo orgânico que de outro modo iriam engordar um aterro.

Para além de serem uma espécie de mistura de anfetaminas, viagra e chocolate para minhocas são um material azotado com PH neutro, já esterilizado (as substâncias chatas e acidificantes ficam com os 5% que vão para fazer os cafés), já processado, que melhora a retenção de água e está pronto a usar na pilha de composto. Tenho conseguido solo ao fim de um mês na pilha semi-enterrada, mesmo com temperaturas de Inverno.

Para usar as que têm em casa deixo alguns conselhos: inibe a germinação por isso não usem directamente em plantas jovens mas ajuda a afastar ervas indesejadas em torno das mais estabelecidas; misturem com partes iguais de materiais ricos em carbono (papel reciclado, folhas secas, palha, etc); não permitam que ultrapassem uns 25-30% do total do composto; permitam o acesso a minhocas.

Album [XXII] : Come With Me

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Ellie Davis





Esperar

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De Dezembro a Fevereiro os calendários de sementes estão em branco, apenas cantam as aves sedentárias, as árvores estão em modo de suspensão.

Esta pausa de Inverno, aqui na suavidade de quem está longe do Pólo e do Equador, é um ritual óbvio mas que nem por isso torna mais fácil a adaptação no primeiro ano em que se vive e a depende da cadência das estações.
Em vez de um longo descanso antes das 12 horas diárias de trabalho do Verão, começa o pico da (quase) estagnação a ser um teste á resolução em relação a tudo aquilo que se planeia vezes sem conta nos cadernos, guardanapos e discussões com quem já passa pelo mesmo há mais tempo.

Quem passou ou passa por algum processo de planeamento sabe que ao fim de um tempo o raciocínio começa a ser circular e cada vez menos crítico, especialmente sem o valioso contributo externo.

Quando comecei sabia que tinha que me preparar para aprender a fazer e a falhar inevitavelmente mas não estava pronto para me defender dos rigores da espera, quando as possibilidades todas ainda parecem muito distantes e quando se tem tempo a mais para pensar. 

Felizmente de cada vez que se sai 5 minutos mais tarde por causa da luz fico gradualmente obrigado a concretizar mais e a divagar menos.